CULTURA, ARTE, EDUCAÇÃO COM ENFOQUE PRINCIPAL NA MÚSICA.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Sugestões para ouvir

No Cd Ó, Bela Alice! Lydia Hortélio fez um levantamento de músicas tradicionais do interior da Bahia. São dezenas de canções e brincadeiras em arranjos maravilhosos de Antonio Madureira. Vale a pena não só pela importância cultural, mas pelo bom gosto musical.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Oficina de Violão


Ney Couteiro vai ministrar uma oficina de violão popular no projeto Goiânia Canto de Ouro, promovida pela Secretaria Municipal de Goiânia nos dias 1 e 2 de março das 14 às 18hs, no Teatro do Cine Goiânia Ouro.
Serão abordados temas como harmonia, improviso, ritmos brasileiros, choro, etc.
Participem!!!

A Lenda do Tambatajá


Havia, na tribo dos índios macuxis, um casal enamorado. Existia, porém, um problema que não permitia que estivessem sempre juntos como desejavam, a índia era paralítica. O macuxi, desejoso de ter seu amor sempre perto, teceu, então, uma tipóia e nela colocou sua amada, carregando-a assim para onde quer que fosse.
Um dia, caminhando pela floresta, eles depararam-se com índios de uma tribo inimiga que logo os reconheceram. Ele lutou sozinho, mas conseguiu escapar ileso. Chegando à beira de um igarapé, parou pra descansar e tirar um pouco a tipóia das costas. Só neste momento, então, viu o que jamais queria ver: seu grande amor havia morrido durante a luta.
Desesperado e certo de que a vida não teria mais sentido pra ele, abriu uma cova e nela enterrou-se junto com a índia.
Neste lugar, então, nasceu o Tambatajá, que é uma planta larga e sedosa, de um verde brilhante e possui, ligada a ela, quase na ponta, uma outra folha pequenina (“gitita”, como diriam os caboclos), lembrando o órgão genital feminino. A junção dessas folhas representa o índio e sua amada, justificando, assim, a lenda.
A população amazônica ribeirinha, acredita que o Tambatajá age como um amuleto do amor e, em muitas casas, ele é usado como adorno e colocado atrás da porta pra que no amor se tenha sorte.
Há uma bela canção de Waldemar Henrique sobre ela.

Brincando com as palavras

Música é alegria
Música é solução
Música é conhecimento
e mexe com o coração!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Curso Conheça sua voz

CONHEÇA SUA VOZ!

A voz é nosso primeiro e principal meio de comunicação, e com ela nasceu a palavra e a música. A voz, fonte de emoção e expressividade, inspirou o homem na criação dos instrumentos musicais.
Diferente dos instrumentos, porém, a voz é parte de nosso organismo, de nosso corpo e merece cuidados especiais, uma vez que as nossas condições emocionais, físicas e psicológicas influenciam em sua produção. Sendo ela nosso principal meio de comunicação e instrumento usado no estabelecimento das relações sociais, de trabalho e lazer, sofre, muitas vezes, abusos indevidos, ocasionando disfonias (alterações da voz), cansaço e mesmo danos mais severos como nódulos e fendas vocais. Este encontro tem o objetivo de orientar os participantes a melhor cuidar e usar seu aparelho fonador e a conhecer sua voz, evitando, assim, problemas vocais futuros, ou mesmo, orientar em problemas já existentes.

Ministrante
Professora Sabah Moraes

Conteúdo:

- Mecanismo fisiológico vocal: como se produz o som, onde estão localizadas as pregas vocais, o que acontece quando respiramos, engolimos ou cantamos;
- exercícios para aquecer e desaquecer a voz;
- saúde e higiene vocais;
- Classificação vocal: soprano, tenor, contralto e baixo;
- conheça sua voz, sua classificação vocal provável;
- exercício básico para trabalhar a respiração;
- o que é extensão e tessitura vocais e quais as diferenças;
- exercícios e dicas para rouquidão e cansaço vocais


Público Alvo
Cantores, atores, políticos, professores e demais interessados em conhecer seu aparelho fonador.

Data
27/02/2010, sábado

Período
14 às 18

Vagas limitadas
15 pessoas

Investimento
R$70,00

Música na Educação

Com a pretensão de mostrar a importância de se inserir a música como disciplina obrigatória este texto permeia a educação musical com um ponto de vista até filosófico, uma vez que faz dela uma maneira de integrar os conhecimentos, levando-se em consideração o ser humano e suas aspirações individuais, desejos, projetos de existência como pessoa e não somente como cidadãos. Pois o objetivo principal da educação deveria ser o desenvolvimento destas características pessoais, o desenvolvimento do ser humano como um todo, incluindo suas aptidões, anseios, valores, perspectivas, e não somente a sua preparação para o mercado de trabalho, ou sua formação como cidadão. Pois como cidadãos somos todos iguais, mas como pessoas somos diferentes, e isto deve ser levado em consideração para que a educação seja realizada de maneira completa e eficaz. É aqui, na formação da pessoa, do ser humano, que o ensino da música se faz justificável e necessário, uma vez que ela permite a expressão de nossas emoções individuais, de nossos valores.

Até o final da Idade Média a Música era disciplina obrigatória e tinha o mesmo valor curricular que as outras matérias. Com o advento da indústria a sociedade foi mudando e seus valores também e, gradativamente, a música e as artes foram perdendo o valor necessário para sua continuidade no currículo escolar. Os objetivos educativos foram desviando seu preparo para um cidadão mais tecnicista, onde a sensibilidade e a arte eram apenas para os de grande talento. Hoje há uma separação entre arte e ciência, pois há a concepção de que ciência é racional e arte emocional, mas ciência não existe sem imaginação, intuição e arte não existe sem técnica, disciplina. Portanto elas se completam e se precisam. Mas para que a Música volte a ter o valor que tinha até a Idade Média é preciso que o pensamento da sociedade inteira mude e reconheça seu valor incontestável e que ela é tão importante para a educação quanto a leitura ou a matemática. Há, ainda, um aspecto importante a ser resolvido: o de que a educação musical é somente para os talentosos ou para os que querem seguir carreira. Estudamos matemática mesmo sem querer ser matemáticos.

O imediatismo que permeia o pensamento capitalista de nossa sociedade se reflete em todos os setores e, assim, se a criança não aprende rapidamente aquele instrumento logo dizemos que ela não tem talento e que quem não tem talento musical deverá ouvir o que os talentosos executarem. Mas aprender a ouvir é um dos princípios básicos de uma boa educação musical. O ouvir e o fazer música estão lado a lado e devem ser avaliados igualmente.
Assim a música foi estabelecida como uma faculdade somente destinada a uma elite e não mais como uma disciplina necessária para a formação do cidadão. Este pensamento deve ser transformado, pois todos somos seres musicais por natureza, ela é uma linguagem própria do homem e faz parte de nosso corpo. Portanto o estabelecimento da música como disciplina deve ter como objetivo principal a preparação de cidadãos musicais e o desenvolvimento de nossa musicalidade, buscando o caráter transformador que a música possui, uma vez que alcança nossas emoções mais profundas e adormecidas e não o desenvolvimento de músicos de grande talento.

Mas precisamos rever a maneira como esta educação musical pode ser feita para que a alegria e o prazer do ato de ouvir música estejam presentes no ato de se aprender música. Isto acontece muitas vezes pelo uso excessivo e antecipado de uma educação teórica e menos prática da música, a experiência musical deve anteceder a teoria. Para que o entendimento teórico seja mais prazeroso ele precisa ser vivenciado.

A música fez parte de um dos mais importantes currículos da história, o Quadrivium, que perdurou por mais de mil anos. Ele pressupunha uma articulação horizontal entre as seguintes disciplinas: Aritmética, que estudava os números em repouso e se articulava com a Música, estudo dos números em movimento; a Geometria, estudo das formas em repouso, relacionada com a astronomia, estudo das formas em movimento. Além disso, elas estavam associadas a artes metafísicas próprias.
Hoje a organização curricular fundamenta-se no par que Machado denominou multidisciplinaridade/interdisciplinaridade. O currículo escolar é multidisciplinar porque é formado por múltiplas disciplinas, que são autônomas e nem sempre se articulam. A interdisciplinaridade prevê uma articulação entre as disciplinas, com objetivos comuns. Sua relação seria horizontal, sem abandonar os objetivos e métodos intrínsecos a cada uma delas. Seu foco está na articulação entre as disciplinas e não, necessariamente nas pessoas. Assim, o conhecimento por si só não se justificaria, pois as pessoas e seus projetos pessoais devem ser o mais importante na educação.

Já a transdisciplinaridade prevê a organização vertical entre as disciplinas, que se articulam de maneira a privilegiar um objeto maior e mais completo que elas, e seus temas não se limitam a saberes próprios de uma determinada disciplina. Seu objetivo maior é formar as pessoas de maneira completa e abrangente, envolvendo inúmeros conhecimentos, através de diferentes métodos.
Portanto, seria mais coerente que a música fizesse parte do currículo escolar num contexto intra/transdisciplinaridade, onde seja possível sua relação com outras disciplinas, mas também se possa abordá-la de maneira diferente.
Assim, ela poderia estar presente em projetos que a envolvessem de maneira diferente:

1. Música e Corpo: onde o corpo seria o instrumento da prática musical, através de trabalhos com percussão corporal ou dança.
2. Música, Matemática e Física:  poderíamos ensinar estas matérias fazendo e usando as relações existentes entre elas.
3. Música e Palavra: trabalhar a canção popular, usando a articulação entre a melodia e fala na canção.
4. Música e Tecnologia: o uso de softwares, inserindo assim a criança no mundo da informática através da música.
5. Música e Meio Ambiente: usar a relação das pessoas com o meio ambiente para musicalizar.
6. Música e Cultura: Conhecer sua cultura, os artistas locais e culturas de outras regiões.

Este texto é um resumo que fiz, acrescido de minhas próprias idéias.
 
 Divulguem, acatem! Quem sabe conseguimos lançar várias sementes de idealismo?